Embebedou-se daquela porra toda, enquanto ela se arrastava pelos cantos do quarto. Quando acendeu a luz, não havia ninguém. Entre aquelas paredes só restava uma sombra consumida pela culpa. Sobravam-lhe cinco anos da conta que tinha feito aos 35. Foi só o tempo de imendar as feridas, e do fio soltar-se logo que admitiu - não tinha culpa - era o carro mal lavado, o serviço mal pago. Arrastou o fio pelas veias, para encontrar-se no gelo que lhe parecia familiar.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
jardins
Embebedou-se daquela porra toda, enquanto ela se arrastava pelos cantos do quarto. Quando acendeu a luz, não havia ninguém. Entre aquelas paredes só restava uma sombra consumida pela culpa. Sobravam-lhe cinco anos da conta que tinha feito aos 35. Foi só o tempo de imendar as feridas, e do fio soltar-se logo que admitiu - não tinha culpa - era o carro mal lavado, o serviço mal pago. Arrastou o fio pelas veias, para encontrar-se no gelo que lhe parecia familiar.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
cidade arranha-céu
No final da noite, seja zona norte ou sul, empilhados sobre o chão em frente à padaria ou à beira da cama, todos terminam em frente à tv.
Deslizo pelos cabos da cidade dos arranha-céus. É tanta luz que todos ficaram cegos.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Única coisa que espero no amor: NOSTALGIA
Ficarmos longe por meses, talvez anos, ou simplesmente vermos todos os dias. Nesses dias haja – Nostalgia. Eu penso, eu quero, eu preciso, eu necessito. Eu apenas quero um amor Nostálgico.(Valdinei Queiroz)
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Se eu não disse que penso, não volto para casa de meus tios
CAMINHADA POR RONDÔNIA – eu disse. Virada Paulista no interior de São Paulo – eu disse. Uma companhia agradável no próximo fim de semana – eu disse. A periodicidade de um carnaval com mais harmonia – eu disse. Razão por estar aqui – eu disse. Responsável por feitos e dinastias – eu disse. Maria, minha Mãe querida – eu disse. Apesar de que meu filho ainda nasceu, mas eu o amo – eu disse. Tatuagens, mentiras, um menino com fralda – eu disse. Meu amor, eu te amo – eu disse.
Eu disse – ninguém há de matar um ente meu. Eu disse – compaixão, viva o desencontro encontrado. Eu disse - tantas coisas que ainda nem lembro do próximo pensamento. Eu disse - Eu disse tantas coisas que até hoje ouço você dizer: - Eu disse.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
fazer-se de calos do tempo
um pouco de calma;
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Um governo sem garagem
A AMARGURA vontade de entrar nas duas garagens do suicídio e dizer: “Sou a calada, sou um povo que sofre, me empenho a vocês”. Não iria adiantar de nada todo esse discurso. Seria uma corrente vazia, um indivíduo querendo mudar o mundo, essa hipótese lembra Maquiavel, ele diz que pra conquistar o poder é preciso ter sorte também. A realidade do nosso povo, não entender o que acontece numa garagem, talvez numa casa.
Mudança em cada quatro anos, uns saem, outros ficam, àquele carro que conhece a maciota das ruas ficam por resto da vida. Esse lugar não parece ser familiar, o povo tenta entender o que lá acontece, o frio inunda as laterais, o medo corre solto no divã do acelerador, e o porão esconde até a alma mais varrida.
Tenho uma nova ordem, preciso que alguém garante que irá dá certo, exponho minha idéia à garagem, ela irá defender à nação, contra tudo.
Se o poder é objetivo de qualquer local que há mais de 500 m², o visitante não conseguirá tirar o carro da garagem.
(Valdinei Queiroz)